terça-feira, 22 de novembro de 2011

Monte Belo

Beta e Ale na chegada à Monte Belo.
Um novo lugar vem movimentando a gauchada da escalada esportiva. Todo final de semana existe alguém que quer conhecer, quer voltar ou ainda aqueles que procuram por dicas de como chegar. O lugar, apesar de novo, já foi até assunto de discussões acirradas em grupos de e-mail: "Usa ou não usa o capacete?" Protege ou estica tal via?" Discussões à parte, hoje vim apresentar as minhas impressões sobre Monte Belo.
A primeira vez que ouvi alguém comentar sobre Monte Belo foi através da minha amiga Vera de Carlos Barbosa. Verinha havia me dito que os meninos de Bento Gonçalves estavam trabalhando nas conquistas do lugar e que, até então, existiam mais de 20 vias abertas. O melhor de tudo foi que ela disse que o lugar era lindo e que pegava sombra a tarde toda. Beleza! Julho deste ano, dia de encontro no Salto Ventoso, vias congestionadas e aquela "crowd" nas bases. Qual foi a grande idéia? Bora conhecer esse pico novo. Pegamos alguns betas com o Tieppo e com o Camilo e fomos Seco, Ale Arriada, Beta e eu.
Na chegada tu já te impressiona com a extensão horizontal da parede de basalto, mostrando que existem inúmeras possibilidades de conquista. A recepção não poderia ser melhor. Dona Elizete, proprietária da área nos recebe muito simpática e sorridente e permite que desfrutemos do lugar.
Depois de uma trilha facílima, uns 5 minutos de caminhada, estamos na base das vias. Decidimos ir a um setor que fica à direita da trilha principal que, de acordo com Tieppo, tem as vias mais fáceis do lugar. Um setor com vias de 4º e 5º grau, positivo, mas com vias fortes também (8º) que continuam na parte negativa da parede. Ficamos um tempo aí escalando, nos divertindo, tirando fotos.

Trilha.
Eu no basalto com cara de arenito. Foto: Ricardo Reis.


Carina na pressão da costurada. Foto: Ricardo Reis.

Ale experimentando vias em Monte Belo. Foto: Vanessa Staldoni.

Eu chegando na parada. Foto: Ricardo Reis.
Depois partimos para o setor em frente à trilha principal, com vias um pouco mais longas e um pouco mais fortes também. Entramos em umas cinco vias aí, que variavam do 5º ao 7º, de acordo com nós mesmo, pois não tinhamos croqui e nenhuma informação sobre as vias. Olhávamos do chão decidíamos se era possível. No melhor estilo: on sigth. Adorei! Foi a primeira vez que eu escalei nesse estilo. É uma adrenalina bem diferente não saber o que vem pela frente, só a noção da tua leitura. Muito bom! Recomendo! Bom pra saber a quantas anda a nossa graduação.
Eu no crux de um dos sextos de Monte Belo. Foto: Carina Korb.
Ricardo escalando. Foto: Carina Korb.
Base das vias. Foto: Carina Korb.
Gostei das vias que entrei, bem protegidas, proteções e paradas bombas. Nas agarras predominam os regletes, mas às vezes aparecem surpresas como buracos (monodedos, bidedos), pinças e até fendas, que podem ser protegidas em móvel. Quanto ao uso do capacete: essencial, se você não quer se machucar ou arrumar problemas com os proprietários do local. E isso vale tanto pro escalador quanto pro segue. Voltei mais duas vezes a Monte Belo e já tenho até projetos! Acredito que o setor vai se tornar referência em escalada esportiva no estado quando a galera explorar mais o lado negativo da parede.
Então, aí vão os betas sobre o lugar...
Localização: município de Monte Belo do Sul, na serra do Rio Grande do Sul.
Rocha: basalto
Estilo: vias esportivas, de 4º ao 8º. Algumas vias em móvel. O local conta com, mais ou menos, 25 vias e muitas possibilidades pra conquista!
Equipo: corda, 10 costuras, repelente de insetos, capacete (não esquece!), água (tem no local mas não sei qual é a qualidade), algumas peças móveis (se quiser entrar na fenda).
Maiores informações sobre como chegar e croqui das vias tu encontra no blog do Leão Gropo: http://leao-gropo.blogspot.com/
Escaladora nativa. Foto: Ricardo Reis.


2 comentários:

  1. Que lindo relato, amiga!!Lindas as fotos e os lugares que por bênção a gente pôde conhecer, não é? Não vejo a hora de escalarmos outra vez, janeiro que nos aguarde!!Bjos carinhosos

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  2. Oi, gostaria de saber se existe algum croqui do lugar? ou se as vias possuem uma placa com nome?
    Estou pensando em ir e conhecimento sempre ajuda.
    Abraços

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